Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

domingo, 1 de maio de 2011

A Cadeira do Poder




“QUE LATA DEMOCRÁTICA!”






Dizem que um dos mais consagrados e excelsos princípios da DEMOCRACIA é o da ALTERNÂNCIA DO PODER.


O sistema político caducado em 1974 foi e é (e será) constante e convenientemente acusado por ter consentido um “António” e muitos “Zés” agarrados, agarradinhos, alapados, açapados, com o cu grudado na «cadeira do poder».


Ora uns tantos democratas de letra e «antifaSSistas» de treta - esses «setenta-e-quatrozecos abrilecos», que com tão raivosa espuma berravam (e continuam a berrar à hora mais conveniente) contra esse teimoso abuso salazarento de estar «QUARENTA E OITO ANOS» seguidos, seguidinhos, no poleiro - sumos sacerdotes da Democracia, que pregam de manhã à noite logo que lhes apareça um microfone à frente da beiça, ou lhes cheire a gulosa oportunidade de aceitar um «jackpot€» da roleta da Administração Pública, ou a esta parecida, ao fim de “Trinta e Cinco Anos” em que andaram a colher proveitos, sem, nem de perto, nem de longe, ainda se aproximarem - quanto mais corresponderem! - às suas oceânicas ambições, esses santificados ( queríamos dizer «sacrificados») marmanjos, a quem só falta um pedestal nos «Jerónimos”(ou no parque dos Poetas, de Oeiras!) entenderam, com tão angélica, seráfica, querubínica clarividência democrática que o sacrifício da (CO)missão como Presidente de Câmara, depois de já lá estarem Vinte e Tal Anos, não deveria ser consentido para além de “DOZE”, ou seja, sacrifício limitado a «TRÊS COMISSÔES”.

Mas!............................


Más há uma lei sacramental na natureza …humana: - “Os recordes existem para ser batidos”!Claro que «48 anos de FaSSismo» são de mais!


Mas seria uma enorme desonra e amarelíssima vergonha democráticas não haver um Filipe, um Sebastião ou um outro qualquer “João Com Nome” que, Democraticamente, não batesse esse recorde de permanência, em poleiro repimpado!


Assim, o espírito (santo?) democrático soprou à orelha desses apóstolos da «cidadania» a fórmula mágica e simples de se perpetuarem, pelo menos até o tal recorde «FaSSista» ser batido:


- Ao fim dos “DOZE” anos na cadeira (ou no banco, ou no escano, ou no balouço, ou no palanque), D A Q U I - cumprindo escrupulosa, soberba e democraticamente o preceito legal da sua divina Democracia - mudam-se para o palanque (ou balouço, ou escano, ou banco) D A L I!


De Lisboa para o Algarve, ou de Vila Nova de Gaia para o Porto (sempre fica mais perto do que Braga…) é um pulinho.


E já ‘stá!…


Até que a morte…………….. os separe!


DEMOCRACIA?!


QUE “PULHOCRACIA”!!!….


E QUE LATA DEMOCRÁTICA!



Tupamaro





(Já agora, e por exemplo, para Chaves LUCRAR e Boticas, Ribeira de Pena ou Valpaços PERDEREM, por que não a troca?!)T.





(Conforme o telefonema de há instantes, segue o texto -"Que lata Democrática!". Consta-se, por aqui, das manobras de alguns presidentes de Câmara que, sem respeito nem vergonha, o que pretendem é SER presidentes de Câmara, seja lá onde for. Deste «consta-se» saiu disparado este texto.Isto já não é política - é pura bandalheira.O Livrinho segue hoje (já) em correio azul.

Cumprimentos Luís Fernandes)







3 comentários:

Anónimo disse...

Fabuloso!
Parabéns ao autor.

Zé Morais disse...

"- Ao fim dos “DOZE” anos na cadeira (ou no banco, ou no escano, ou no balouço, ou no palanque), D A Q U I - cumprindo escrupulosa, soberba e democraticamente o preceito legal da sua divina Democracia - mudam-se para o palanque (ou balouço, ou escano, ou banco) D A L I!"

Esta é nova, para mim...
Do que estes malabaristas são capazes!
Tudo para bem do povo que eles, abnegadamente, servem.
Haja vergonha.

João C. Branco disse...

A imagem está adequadíssima.
Excelente postagem.
Parabéns.