Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Em Agosto ardem os montes e secam as fontes










Agosto arder, Setembro beber
Em Agosto dá o sol pelo rosto.
Em Agosto espingarda ao rosto.
Em Agosto aguilhoa o preguiçoso

Em Agosto malha a teu gosto.
Em Agosto palhas ao palheiro, meninas ao candeeiro.

O mês de Agosto será gaiteiro, se for bonito o 1º de Janeiro.
Em Agosto secam os montes, em Setembro as fontes e o Outubro seca tudo.
Em Agosto toda a fruta tem o seu gosto.
Em Agosto antes vinagre que mosto.
Em Agosto, sardinha e mosto.
Junho, Julho e Agosto, senhora, não sou vosso.
Lá vem Agosto com os seus santos ao pescoço.
Lua nova de Agosto carregou, lua nova de Outubro trovejou.
Luar de Janeiro não tem parceiro, mas lá vem o de Agosto, que lhe dá de rosto.

Agosto tem a culpa, e Setembro leva a fruta
Se queres ver o teu marido morto, dá-lhe couves em Agosto.

Agosto tem a culpa, e Setembro leva a fruta.













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