É sempre mágico, este momento, em que o Sol se afunda na linha do horizonte e, pouco a pouco, vai deixando a Terra na escuridão.
O dia dá lugar à noite, que nos convida ao repouso, enquanto aguardamos um outro amanhecer.
É esta a nossa esperança, alargada a todos os dias, e em relação à vida, e aos tempos que aí vêm.
Procuremos encarar esses tempos com serenidade, e vivê-los olhando o futuro, com esperança, tentando encontrar a felicidade nas coisas simples e verdadeiramente importantes.
Não esquecendo, sempre, que feliz não é quem tem muito, mas sim quem vive bem com aquilo que tem.
3 comentários:
Ao entardecer, debruçado pela janela,
E sabendo de soslaio que há campos em frente,
Leio até me arderem os olhos
O livro de Cesário Verde.
Que pena que tenho dele! Ele era um camponês
Que andava preso em liberdade pela cidade.
Mas o modo como olhava para as casas,
E o modo como reparava nas ruas,
E a maneira como dava pelas cousas,
É o de quem olha para árvores,
E de quem desce os olhos pela estrada por onde vai andando
E anda a reparar nas flores que há pelos campos ...
Por isso ele tinha aquela grande tristeza
Que ele nunca disse bem que tinha,
Mas andava na cidade como quem anda no campo
E triste como esmagar flores em livros
E pôr plantas em jarros...
Alberto Caeiro
Ao entardecer, debruçado pela janela,
E sabendo de soslaio que há campos em frente,
Leio até me arderem os olhos
O livro de Cesário Verde.
Que pena que tenho dele! Ele era um camponês
Que andava preso em liberdade pela cidade.
Mas o modo como olhava para as casas,
E o modo como reparava nas ruas,
E a maneira como dava pelas cousas,
É o de quem olha para árvores,
E de quem desce os olhos pela estrada por onde vai andando
E anda a reparar nas flores que há pelos campos ...
Por isso ele tinha aquela grande tristeza
Que ele nunca disse bem que tinha,
Mas andava na cidade como quem anda no campo
E triste como esmagar flores em livros
E pôr plantas em jarros...
Alberto Caeiro
Cara Profª Graça,
Bom Ano!
Abraço
Enviar um comentário