Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

sábado, 14 de janeiro de 2012

As caras que o dia apresentou



Ontem o dia foi pródigo em disfarces: De madrugada mascarou-se de ourives e cobriu árvores e arbustos de transparentes e brilhantes pérolas que irradiavam uma luz intensa, quando alguns raios de sol as afagava. De manhã, fez-se tecelão, e espalhou uma imensa e límpida manta cinzenta e húmida, que tudo cobriu, ocultando o azul do céu. Mais tarde, armou-se em carpideira e derramou lágrimas, poucas e fingidas, que secaram com a primeira aragem, sem terem entrado na terra.

Mais tarde iluminou a terra, pondo a descoberto o sol brilhante, qual mágico que, num passo de ilusionismo, tudo altera, tudo compõe, tudo resolve.

Às voltas com os meus pensamentos, e tendo em conta as caras que o dia já apresentou, hoje, veio-me à memória uma frase que ouvi, vezes sem conta, à minha mãe - "nada anda à vontade de Deus como o tempo".


























2 comentários:

José Doutel Coroado disse...

Cara Profª Graça,
belas imagens! e belo ditado!
abs

Anónimo disse...

Oi fotografa! Tudo bem co você?
Lindeza de retratos de sua terra que eu um dia hei-de conhecser.
Se Deus quiser.
Beijos em seu coração.