A matança do porco era, na minha terra, um conjunto de trabalhos que potenciavam hábitos de consumo, num tempo de pouca abundância, ciclicamente repetida, em todos os invernos de todos os tempos.
Desde a alimentação/engorda do porco até à conserva das carnes e confecção do fumeiro, havia todo um trabalho de saber e um cumprir de rituais que se perdem na noite dos tempos, e, cada vez mais, vão caindo em desuso.
Hoje, a matança, é cada vez menos a festa que reúne familiares, vizinhos e amigos, e cada vez mais uma tarefa para cumprir, como a apanha da batata ou a vindima.
Estas práticas, ligadas à terra e às suas gentes, fazem parte da nossa cultura, cultura que os mais velhos, teimosamente, querem transmitir, como herança a preservar.
Assim essa herança seja aceite...



1 comentário:
Cara Profª Graça,
um post muito a propósito... A gastronomia também é património cultural a preservar!
Abraço
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