Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

domingo, 27 de janeiro de 2013

A matança do porco e o fumeiro





A matança do porco era, na minha terra, um conjunto de trabalhos que potenciavam hábitos de consumo, num tempo de pouca abundância, ciclicamente repetida, em todos os invernos de todos os tempos.
Desde a alimentação/engorda do porco até à conserva das carnes e confecção do fumeiro, havia todo um trabalho de saber e um cumprir de rituais que se perdem na noite dos tempos, e, cada vez mais, vão caindo em desuso.
Hoje, a matança, é cada vez menos a festa que reúne familiares, vizinhos e amigos, e cada vez mais uma tarefa para cumprir, como a apanha da batata ou a vindima.
Estas práticas, ligadas à terra e às suas gentes, fazem parte da nossa cultura, cultura que os mais velhos, teimosamente, querem transmitir, como herança a preservar.
Assim essa herança seja aceite...

















1 comentário:

José Doutel Coroado disse...

Cara Profª Graça,
um post muito a propósito... A gastronomia também é património cultural a preservar!
Abraço