Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

domingo, 17 de fevereiro de 2013

O Sol e as marcas do tempo



Relógio de Sol é um instrumento que determina as divisões do dia através do movimento da sombra de um objecto, o gnómon, sobre o qual incidem os raios solares e que se projecta sobre uma base graduada, o mostrador ou quadrante.
De simples obeliscos até instrumentos tecnicamente sofisticados, os relógios de Sol acompanharam o homem ao longo dos tempos e evoluíram acompanhando o progresso do conhecimento. Tanto os exemplares de pequeno formato, com funções de "relógio de bolso", como os inseridos na estrutura dos edifícios ou presentes em praças e jardins são, na sua maioria, obras de arte carregadas de história, cuja concepção resulta essencialmente da conjugação de dois ramos fundamentais do saber: a astronomia e a matemática.

Os relógios de sol mais antigos de que se tem noticia em registos arqueológicos são dos obeliscos (construídos em 3500 a.C.) e os relógios de sombra (1500 a.C.), que, respectivamente, eram usados pelos astrónomos antigos do Egito e da Babilónia. Mas é bem provável que os seres humanos estivessem usando o comprimento das sombras para saberem a hora mesmo em tempos mais antigos, apesar dessa hipótese ser de difícil confirmação. A cerca de 700 a.C, o Velho Testamento descreve um relógio de sol, o “relógio de Ahaz”, que é mencionado em Isaías 38:8 e II Reis 20:9. Vitrúvio, o escritor romano, lista uma série de relógios de sol conhecidos naquele tempo. O astrónomo Padovani publicou uma dissertação sobre o relógio de sol em 1570, no qual, ele dava instruções para a construção e posicionamento de relógios de sol verticais e horizontais. Em 1620, o astrónomo e matemático, Giuseppe Biancani escreveu o seu “Constructio instrumenti ad horologia”, que ensinava as técnicas para a criação de um relógio de sol perfeito.
Fonte: Internet













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