Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Janeiro geoso e Fevereiro chuvoso fazem o ano formoso



Em Fevereiro cada sulco seu ribeiro, diz o povo, lembrando-nos que este mês deve ter chuva, com fartura, para que as colheitas sejam abundantes.
Os últimos dias, melhor dizendo, os dias que já vivemos em Fevereiro, têm estado de feição para os nossos campos, com todos os ingredientes que este mês necessita para que a terra se reproduza em frutos. Chove, todos os dias, desordenada e incessantemente e os terrenos, principalmente linhares e lameiros, estão completamente inundados.
Nos vidros das janelas a chuva bate descontrolada e violenta e o vento vai acompanhando este batuque que nada tem a ver com a melódica chuva, caindo lentamente, durante a noite, como uma canção de embalar.

Como tudo na vida, a chuva vai passar, e vai dar lugar a um lindo dia de sol e céu azul, para nos aquecer o corpo e a alma. É esse o nosso desejo, a nossa esperança.






















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