Escolas e outros serviços encerrados, campos abandonados e uma população envelhecida.
Nunca, como agora, as marcas da desertificação humana foram tão nítidas em Trás-os-Montes, nomeadamente na minha região.
Continuamos a perder gente a um ritmo galopante: os idosos vão partindo e os novos partem à procura de outra vida, que isto aqui não é vida para ninguém, dizem.
As aldeias estão a ficar desertas, e, pior que isso, abandonadas à sua sorte e engolidas pela vegetação.
E as que vão resistindo, são aquelas que souberam valorizar os seus costumes e tradições, a sua cultura e, arregaçando as mangas, tiraram partido desse saber, construído ao longo de gerações.
As outras vão ficar à espera que as silvas e os tojos cubram as ruínas, rumo a uma morte anunciada.
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