Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

domingo, 27 de abril de 2014

A mulher que levou João Paulo II aos altares


A mulher que levou João Paulo II aos altares
27.04.2014 Por Tânia Jesus, texto editado por Bárbara Wong


João Paulo II vai ser, este domingo, canonizado e para a tomada de decisão contribuiu essencialmente uma mulher: Floribeth Mora. A fiel, natural da Costa Rica, de 50 anos, tinha uma doença terminal e inexplicavelmente curou-se. O milagre, atribuído ao Papa polaco, foi decisivo para torná-lo santo




Floribeth Mora contou ao jornal da Costa Rica, La Nácion Nacional, que o milagre aconteceu quando estava em casa, à espera da morte, uma vez que os médicos defendiam que, devido à gravidade do aneurisma, não teria mais do que um mês de vida. Nesse dia, quando olhou para um postal de João Paulo II – uma imagem que a acompanhou durante toda a luta contra a doença –, ouviu a voz do Papa que lhe disse “levanta-te e não tenhas medo” e, nesse dia, curou-se.

A crente, mãe de quatro filhos e avó de seis netos, vive numa casa modesta num bairro de classe média fora da capital da Costa Rica que se tornou, desde que a história veio a público, ponto de paragem obrigatória não só para os jornalistas, que diariamente a visitam, mas também para muitos crentes fascinados pelo milagre. O marido de Floribeth Mora admitiu que a mudança gerada na vida da mulher tem sido, também para si, “uma experiência de vida”.

A mulher que se tornou, para muitos, um verdadeiro símbolo de fé, dedica o pouco tempo que tem disponível a um negócio familiar. Floribeth Mora admitiu, em tom de brincadeira, à Associated Press, que tem “sorte” por ter o seu próprio negócio, uma vez que se “tivesse um chefe” já tinha sido despedida por “faltar muito ao trabalho”.

A costa-riquenha garantiu que apesar de nunca ter feito parte, em jovem, de “grupos paroquiais” a fé em João Paulo II sempre foi “muito grande”. Durante esta luta pela canonização do Santo Padre, a fiel explicou que o mais difícil foi a reacção de algumas pessoas à sua história, que chegaram, inclusivamente, a insultá-la e chamá-la “maluca” e “ridícula”. Apesar disso, a mulher contou, ao jornal La Nácion Nacional, que “continua no seu caminho” e o mais importante é estar “curada”.

Para o Vaticano, onde vai ser convidada de honra na canonização dos Papas João Paulo II e João XXIII, Floribeth Mora leva uma mala com todas as petições que lhe foram entregues desde que o milagre se tornou público. Nomeadamente, livros escritos por sacerdotes e cartas de fiéis de todas as nacionalidades, uma delas de uma família venezuelana que pede paz para o seu país.

“Levarei as petições com toda a fé do mundo, no entanto, há quatro histórias que me marcaram: a de uma senhora com um derrame cerebral; de um menino, de cinco anos, que tem um tumor no cérebro; a de um bebé que vive entubado; e a de uma mulher grávida que sofre porque o seu filho está muito doente”, contou.

Floribeth Mora sublinhou ainda que, a sua presença em Roma não é “o mais importante”, o importante é a “canonização”. “Sou apenas um instrumento que João Paulo II utilizou para que vejam a sua grandeza reflectida no mundo”, concluiu.

























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