Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

sexta-feira, 18 de abril de 2014

Eis o Senhor do caminho

                                                                Foto retirada da Internet

PAIXÃO

O espinho
Pedaço de desdém dos Homens cravejado na coroa do Rei
Convoca o sangue para o cálice da dor de um instante
Sexta-feira
A paixão
E o filho de Deus sucumbe traído pelo beijo da sua gente


Ecce Homo

Eis o Senhor do caminho
Ruas e pó de Jerusalém
E os Passos de um condenado na rota do Golgota
Passos sacros entre quedas pela bênção do peso de uma infindável cruz

Há homens que gritam
Mulheres que choram
Há Simão de Cirene
A Verónica…

E na História e a sangue se grava eterno o rosto do Homem que marca até o contar do tempo
Senhor do Calvário
Deus na cruz entre ladrões
A dor
A vergonha
O sacrário de um momento ao dobrar da tarde para um instante no paraíso

Há trevas que abafam o pranto…
As lágrimas de Maria na Piedade de um abraço de Mãe
Há a dor de Madalena
De João…
Mais do que apenas discípulo
Amado companheiro

E o caminho do sepulcro
Sudário tecido no tear de tanta dor
É a mentira e a ilusão daquilo que parece ser o fim

Em breve será domingo
E a fé fará sentido

Ressuscitará o Senhor!

(Francisco Caeiro)
























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