Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

sábado, 21 de junho de 2014

Solstício de Verão - Bruxas e feiticeiros em alerta

                                                         Foto retirada da Internet




Bruxas e feiticeiros em alerta!



Vem aí (hoje) o Solstício de Verão. O sol no seu ápice. Impõe-se o deus doador da luz. Os raios solares ganham força suprema e aterrorizam os poderes das trevas. Um frenesim para bruxas e feiticeiros desde tempos imemoriais. Alguns insinuam encarnar o poder mágico dos deuses pagãos. Coisa séria será, tanto que as práticas pagãs foram sendo absorvidas por festejos cristãos do S. João. Muitas culturas europeias creem nos poderes mágicos e curativos das águas e das plantas neste ciclo festivo. Desde a antiguidade, os casamentos acontecem neste tempo para garantir a fertilidade, sob uma luminosa inspiração dos ritos de fertilidade que acompanhavam os casamentos sagrados das divindades, tal como os celtas festejavam as colheitas e a fertilidade dos campos. Ofereciam-se comidas, bebidas e animais aos deuses, dançava-se à volta de fogueiras para espantar os espíritos malignos.
E porque a celtomania perdura, muitos vão tentar recuperar esta atmosfera mágica subindo ao alto do Marão, na noite de 20 para 21, até à Senhora da Serra (a tal que tem seis irmãs e todas se veem e cumprimentam ao romper o sol). Nesta cumplicidade cósmica, não faltará sequer o mágico supremo Padre Fontes, com a sua anunciada “Queimada do Solstício”. Quem tiver boas pernas que aproveite.

Alexandre Parafita






















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