Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Escolas fecham aldeias - o começo da emigração


                                            Foto retirada da Internet



Tem sido notícia, nos meios de comunicação social, o encerramento,  programado para o início do ano lectivo, de 311 escolas do primeiro ciclo, de norte a sul do país. As populações manifestam-se, revoltadas, contra esta decisão do governo. Com o encerramento das escolas e de outros equipamentos, nomeadamente correios, postos da GNR, farmácias, Centros de Saúde, as aldeias transmontanas ficam mais pobres e caminham, a passos largos, para o despovoamento total. 
A escola da minha terra não faz parte desta lista das 311 a abater este ano mas, dia a dia, paira sobre a nossa escola o fantasma duma uma morte anunciada.
Estou solidária com estes protestos, com estas manifestações, que põe a gente das nossas aldeias a gritar o seu descontentamento, perante as desastrosas políticas educativas deste governo. E associo-me a esta indignação geral, porque entendo que todos vamos ficar a perder.
Perdem as crianças que, passando o dia fora de casa, ficam mais tempo afastadas da família, com todos os perigos que isso implica.
Perdem os pais que vêem partir os filhos, alguns com quatro, cinco ou seis anos, de madrugada, percorrer 20, 30 ou mais quilómetros até à escola, para regressarem noite escura, com mais 20, 30 ou mais quilómetros de estrada palmilhada. ( Isto é desumano, é cruel, é violento.)
E, obviamente, perdem as aldeias que assistem ao desenraizamento dos mais novos.
É assim que começa a emigração.





















1 comentário:

Anónimo disse...

“Há que revoltarmo-nos!”
Não há que queixarmo-nos.
Então, “Os de VALPAÇOS”, que tão fofinho tapete «carpélio» são para os principais governadores «deste» País, em vez de baterem palmas a esse decreto «passionista», em vez de convidarem a «sua» prestimosa e nada-envergonhada Serigaita, o «chernezinho» de Lila, e o «querido padrinho» Pedro de Massamá para a inauguração do Fecho das Escolas, do Tribunal e do Hospital e o desaparecimento de outras «gorduras» de VALPAÇOS - não acabam eles com a Feira do Folar, «quéto!” - então, “Os de VALPASSOS” estão a gemer?!
Ou é um «faz-de-conta» a esconder um «de contente se vos ri o dente»?
É que, mantendo o entusiasmo delirante com que estais sempre a convidar, a receber e a aplaudir Os que mandam fechar Escolas, Hospitais, Tribunais, e outros Serviços Públicos, e a fazer do vosso Município o mais desertificado, percentualmente, da NORMANDIA TAMEGANA, dais a entender que é isso que vos agrada e convém!
“Atão”, porque “lamuriais”?
Não vos tenho por tão impostores assim!
Não há que queixarmo-nos.
Há que revoltarmo-nos!
Assim, a nossa nobreza!

M., 2 de Julho de 2014
Luís Henrique Fernandes