Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

domingo, 2 de novembro de 2014

Hoje é dia de homenagear os que já partiram



SAUDADES

(aos meus mortos)


Noite alta . Fere a minh'alma o pensamento
E reparo nas estrelas do Levante .
Estou sentado e triste . Surge-me diante
A lembrança dos meus mortos , que lamento !


Se eu fosse Campoamôr ou fosse Dante ,
No papel desenharia o sentimento !
- Eu vejo os entes queridos lá distantes
Na longínqua solidão do firmamento !


Muito os recordo !... E tantos eu já tive
Como se foram no meu peito amontoando
Como ruínas de Tróia e de Ninive !...


E pedi àqueles sóis que reverberam ,
Que sempre alumiassem no seu fogo brando
A alma dos que amei e feneceram !

Artur Maria Afonso 

























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