Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Quem não preserva o meio ambiente não se importa com o trabalho de Deus





Os cristãos são chamados a preservar a Criação: foi o que afirmou o Papa Francisco na Missa desta segunda-feira (09/02) na Casa Santa Marta.

O Papa desenvolveu a sua homilia refletindo sobre o trecho do Gênesis, na primeira leitura, que narra a criação do Universo. No Evangelho de hoje – comentou Francisco –, vemos “a outra criação de Deus”, “Jesus, que vem para re-criar o que foi destruído pelo pecado”.

Jesus está entre as pessoas e salva quem é tocado por Ele: é a “re-criação”. “Esta ‘segunda criação é mais maravilhosa do que a primeira. Mas há “outro trabalho”, o da “perseverança na fé”, feito pelo Espírito Santo.

“Deus trabalha, continua a trabalhar, e nós podemos nos perguntar como devemos responder a esta criação de Deus, que nasceu do amor, porque Ele trabalha com amor. À ‘primeira criação’, devemos responder com a responsabilidade que o Senhor nos dá: ‘A Terra é de vocês, levem-na avante; dominem-na; façam-na crescer’. Também para nós existe a responsabilidade de fazer crescer a Terra, de protegê-la e fazê-la crescer segundo as suas leis. Nós somos senhores da Criação, não donos”.

Portanto, “esta é a primeira resposta ao trabalho de Deus: trabalhar para preservar a Criação”.

“Quando nós ouvimos que as pessoas se reúnem para pensar em como proteger a Criação, podemos dizer: ‘Mas não, são ecologistas!’ Não, não são ecologistas! Isso é cristão! É a nossa resposta à ‘primeira criação’ de Deus. É a nossa responsabilidade. Um cristão que não preserva a Criação, que não a faz crescer, é um cristão que não se importa com o trabalho de Deus, aquele trabalho que nasceu do amor Dele por nós. E esta é a primeira resposta à primeira criação: preservar a Criação, fazê-la crescer”.

Francisco então se perguntou como respondemos à “segunda criação”. São Paulo nos diz para nos reconciliarmos com Deus”, “ir no caminho da reconciliação interior, da reconciliação comunitária, porque a reconciliação é obra de Cristo”. E ainda, citando o Apóstolo dos Gentios, o Pontífice disse que não devemos entristecer o Espírito Santo que está em nós, que está dentro de nós e trabalha dentro de nós. E acrescentou que nós “acreditamos num Deus pessoal”: “é pessoa Pai, pessoa Filho e pessoa Espírito Santo”.

“E todos os três estão envolvidos nesta criação, nesta re-criação, nesta perseverança na re-criação. E a todos os três respondemos: preservar e fazer crescer a Criação, deixar-nos reconciliar com Jesus, com Deus em Jesus, em Cristo, todos os dias, e não entristecer o Espirito Santo, não expulsá-lo: é o hóspede do nosso coração, que nos acompanha, nos faz crescer”.

“Que o Senhor – concluiu o Papa – nos dê a graça de entender que Ele está trabalhando”, e “nos dê a graça de responder de maneira justa a este trabalho de amor”.




































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