Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

quinta-feira, 12 de março de 2015

Desde tempos remotos que a Cegonha-branca adquiriu uma atenção popular particular



Desde tempos remotos que a Cegonha-branca adquiriu uma atenção popular particular, sendo em grande parte responsável por alguma consciência inata de conservação que desde há muito existe nas populações humanas.

Em Portugal, a Cegonha-branca tem o estatuto de Vulnerável, atribuído pelo Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal. Este estatuto resulta da situação de clara regressão que a população portuguesa apresentava até 1990.
A destruição do habitat, a intensificação da agricultura e abandono de práticas tradicionais, a contaminação química das cadeias alimentares, o abate ilegal, nomeadamente nas áreas de invernada, foram factores que terão contribuído para a regressão da espécie em toda a Europa Ocidental. No entanto, crê-se que o longo período de seca ocorrida no Sahel - a zona de invernada das populações europeias ocidentais – foi provavelmente a principal causa do forte decréscimo populacional registado durante algumas décadas e apenas invertido nos finais da década de 80. 
Durante o Inverno e dada a escassez de alimento na maioria das áreas de nidificação, muitas aves de origem diversa, que optam por permanecer em Portugal, concentram-se nalgumas zonas húmidas do litoral, especialmente arrozais, onde encontram quantidades elevadas de Lagostim-vermelho Procambarus clarkii, bem como alguns anfíbios. Algumas lixeiras assumem também alguma relevância para a invernada da Cegonha-branca no nosso país.

Dada a sua conspicuidade e esta consciência popular enraizada que lhe está associada, esta espécie possui hoje uma importância fundamental na sensibilização e educação ambiental que, adequadamente explorada e direccionada, pode contribuir para um crescente enraizamento da “consciência de conservação” nas gerações futuras.


Fonte: Naturlink

































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