Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

segunda-feira, 2 de março de 2015

Os "sacos legais"








Odeio prepotências, quase tanto como odeio o moralismo das "santidades políticas" que querem fazer de mim parva. Os dez cêntimos cobrados desde o dia 15 de Fevereiro passado pelos sacos de plástico legais, são uma prepotência e uma violência que vai trazer ao aplicador da infeliz norma mais custos do que benefícios,
Com efeito, antes as pessoas distribuíam os pesos por vários sacos que lhes eram fornecidos gratuitamente*, o que lhes permitia gerir o esforço físico dispendido da forma mais conveniente. Com a actual obrigação dos sacos reutilizáveis, enormes, fabricados no tal plástico consentido - e, claro, fonte de lucro para quem os vende - cada pessoa para poupar, tenta colocar todas as compras que efectua num só saco, o que os torna pesadíssimos. É ver o pessoal ajoujado com o peso...
O qual, a meu ver, pode muito bem vir a provocar umas belas distensões musculares que, é evidente, depois o Estado irá pagar através do SNS. E numa finíssima análise, poderemos, até, juntar mesmo uns dias de baixa que as ditas irão justificar.
Aqui temos, portanto, as vantagens dos sacos de dez cêntimos que o governo se lembrou de implantar. Valha-nos Deus com medidas destas. É a fiscalidade verde, é a defesa do ambiente, é a cidadania imposta à lei do martelo, é, enfim, é a idiotice chapada...
Então, se o que se pretende, com a medida, é educar para os malefícios dos anteriores, porque não serem gratuitos aqueles que obedecem às normas legais?!
Resta-me uma dúvida. E os sacos do lixo? Ainda não percebi qual a norma que se lhes aplica...

HSC
*Nalguns supermercados não eram gratuitos. Mas eram muito mais baratos....

































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