Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

domingo, 19 de abril de 2015

Senhora Delfina _ 100 anos de existência




A senhora Delfina, uma pessoa que eu muito prezo, a Delfina serralheira, como é vulgarmente conhecida em Lebução, tendo em conta a profissão do marido, completou 100 anos de existência.
Não sendo natural de Lebução, foi esta terra que a acolheu, quando a família resolveu radicar-se entre nós. Aqui viveu durante estes longos anos, aqui criou os filhos, com muito trabalho, muita canseira, muitas privações. Aqui constituiu esta enorme família que, se eu entendi bem, já vai na quinta geração.
A família resolveu homenageá-la com uma festa, uma merecida festa, porque esta bonita idade não se faz todos os dias.
E eu, por este meio, envio os parabéns à senhora Delfina, associados aos votos de muita saúde, para nos brindar com a sua presença, por mais uns anos.
Neste momento, às voltas com os meus pensamentos, sou levada a acreditar que o trabalho dá saúde.
É assim que diz o povo e a senhora Delfina vem confirmá-lo.







































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