Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

domingo, 24 de maio de 2015

Segundo a crença popular, a giesta tem a propriedade de afastar o diabo e o mau olhado das casas



Giesta é um arbusto da família Fabaceae que pode atingir até três metros e que apresenta (na maior parte dos casos) flores amarelas.

Existem vários gênero de giestas, como o esparto, cujo nome científico é spartium junceum e é conhecido também como giesta-dos-jardins. Este gênero tem origem na zona mediterrânica e é usada não só como decoração, mas também para fabricar cordas. O termo spartium vem do grego e serve para descrever plantas cujas fibras têxteis eram usadas para produzir cordas.

Outra espécie de giesta bastante conhecida é a Cytisus striatus, que teve origem em Portugal e por ser muito abundante, é muitas vezes considerada como uma erva daninha. Os ramos desta giesta são usados para fazer vassouras. Ainda hoje em aldeias, há pessoas que fazem vassouras artesanais amarrando vários ramos de giesta. Por esse motivo, a Cytisus striatus é conhecida em inglês comoportuguese broom, que significa vassoura portuguesa.

Uma característica das espécies pertencentes à família Fabaceae é que são arbustos usados para restaurar a fertilidade de terrenos onde cereais são cultivados.

A giesta-branca, além de ser conhecida na jardinagem, é também famosa pela qualidade das suas flores, muito usadas na produção de mel.

No norte de Portugal, no dia 1 de Maio é comum ver ramos de giestas decorando as portas das casas. Segundo a crença popular, a giesta tem a propriedade de afastar o diabo e o mau-olhado das casas.

Este gracioso arbusto está também envolvido em uma história relativa à vida de Jesus. De acordo com a história, depois de Jesus nascer o Rei Herodes mandou matar todos os recém-nascidos para eliminar Jesus. Segundo a lenda, um dos ajudantes do Rei Herodes, para evitar que muitas crianças fossem mortas, sugeriu que na porta da casa de Jesus se colocasse um ramo de giesta. Desta forma, os soldados de Herodes saberiam qual a casa onde Jesus estava. Contudo, no dia seguinte, quando os soldados procuraram a casa ficaram espantados, porque todas as casas estavam enfeitadas com giestas nas portas. Assim, a giesta está relacionada com a tentativa falhada de matar Jesus.
Fonte: Internet











































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