Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

domingo, 13 de março de 2016

O número de ninhos de cegonhas brancas em Portugal aumentou



O número de ninhos de cegonhas brancas em Portugal aumentou cerca de 50% na última década, segundo os resultados preliminares do censo nacional da espécie realizado este ano. E, ironicamente, os principais responsáveis por este sucesso são dois problemas ambientais: o lixo e a praga dos lagostins vermelhos.

Cerca de uma centena de técnicos profissionais e voluntários percorreram o país entre Março e Junho e contaram 11.694 ninhos de cegonha ocupados de norte a sul do país. São cerca de 4000 a mais do que em 2004, quando foi realizado o censo anterior. Já entre 1994 e 2004, tinha havido um aumento semelhante no número de ninhos.

Os dados dos censos realizados pelo Instituto para a Conservação da Natureza e Florestas (ICNF), juntamente com vários parceiros, são apenas a expressão numérica do muito que tem mudado na vida das cegonhas brancas em Portugal. Durante parte do século XX, a sua população diminuiu de modo preocupante, sem se saber bem por quê. Em 1984 foram contados 1533 ninhos, quando no final dos anos 1950 eram 3490. Vaticinou-se que, com o ritmo a que os números estavam a cair, a ave rapidamente desapareceria de Portugal.

Lançaram-se campanhas para proteger a espécie (Ciconia ciconia), mas o que a fez recuperar foram outros motivos. O principal terá sido o facto de cada vez mais casais permanecerem todo o ano em Portugal. Antes, a maior parte da população migrava no Outono/Inverno rumo a África, em busca de alimento. Não era uma empreitada sem riscos. Pelo contrário, muitas aves acabavam por morrer durante a viagem ou eram abatidas no destino, alvo da caça descontrolada.

Pedro Garcia

























































 

Sem comentários: