Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

segunda-feira, 14 de março de 2016

Rezas e crendices da minha terra





REZA PARA SE PODER BEBER ÁGUA NAS NASCENTES E RIBEIRAS E REGATOS

(Fazem-se cruzes por cima da água, à medida que se vai rezando)

Por este caminho fora
Nossa Senhora passou
Tanta sede que trazia
Ajoelhou-se e rezou. 

Benzeu a água com fé
Três cruzes na água fez
Bebeu e matou a sede
Seguiu caminho outra vez.

Água corrente, 
 Não mata gente 
Aqui passou S. João,
 Com uma cruz na mão 
Se esta água tiver peçonha,
 Que não entre no meu coração
 S. Silvestre, S. Silvestre,
 Que esta água não tenha peste
S. Joaquim, S. Joaquim
Que não tenha mal ruim

 Água benta,
 Pau da cruz 
Rebenta o demónio,
 Que esta água é de Jesus.


















































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