Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

sexta-feira, 10 de junho de 2016

Sentei-me na paisagem à espera da Primavera




Sentei-me na paisagem à espera da Primavera. Ela chegou de mansinho, antes de tempo, como quem não quer nada, e estendeu o seu manto por toda a terra. E é um desabrochar de tons, sons e emoções. O verde, como pano de fundo, dá lugar aos brancos aos amarelos, aos rosas, aos azuis, numa profusão de cores, que é uma bênção para os nossos olhos.
O campo transformou-se e transformou-nos, depois de um Inverno chuvoso, frio e pardacento, o nosso olhar deslumbra-se com a natureza em festa, agora que a Primavera cumpriu o calendário e o sol veio iluminar e aquecer a terra.
Chega de Inverno que nos turba o brilho do olhar, faz silenciar as canções da nossa alma e apaga os sorrisos do nosso amanhecer.
O Inverno, o Inverno do nosso descontentamento, já foi e a Primavera instalou-se.
Tudo se renova, eternamente.









































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