Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Calvo _ uma aldeia desabitada do nosso concelho




ALDEIA DO CALVO

O Calvo é uma aldeia, actualmente abandonada, anexa de Santa Valha. Situa-se a aproximadamente dois quilómetros a norte da Freguesia. Está rodeada, a norte e a noroeste por uma serra, a serra Santa Cristina.
Como o próprio nome da aldeia indica, é banhada pelo rio Calvo. A aldeia, actualmente, está  em ruínas, onde outros tempos, e pelo número de casas, acolheria cerca de cinco ou seis famílias e uns trinta habitantes.
A sua posição geográfica, indica-nos que o principal trabalho destas famílias, e avaliando o número de moinhos, também em ruínas, seria a de moer os cereais.
Em 1953 houve um incêndio que consumiu metade da aldeia, sendo provavelmente o motivo da sua desertificação.
Na entrada da aldeia existia uma capela, de que ainda hoje se encontram vestígios, e já em ruínas. A sua Santa que deu nome à Serra, a Santa Cristina, foi profanada, tendo só restado, um Santo na capela,  Santo António, que uma dada altura um cavaleiro que por ali passava o viu lá sozinho, pegou nele e levou-o, para uma aldeia próxima, Pardelinha. Encontra-se ao lado do Padroeiro no Altar-mor.
Paraíso apreciável de um belo passeio, são as fragas lisas; Seguindo o caminho principal e a uns 150 metros acima, encontramos um moinho em ruína, e um dos meus locais favoritos. Descemos então pela encosta até ao leito do rio, ai podemos apreciar o silêncio, das montanhas, das enormes rochas lisas por onde o rio passa tranquilo, e os desgastes da rocha indicam milhares de anos de cumplicidade.
Fonte: http://www.santavalha.com/


















































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