Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

domingo, 13 de novembro de 2016

A urtiga come-se e não é de hoje



Se para a maior parte das pessoas a urtiga traz más memórias de infância, em Fornos de Algodres, capital da urtiga, a coisa pica de outra maneira. Há desde 2009 uma confraria empenhada em incentivar a utilização daquela planta na alimentação.
Sim, a urtiga come-se e não é de hoje. A planta chegou a estar a par da rúcula, acelga e beldroegas, em destaque na cozinha tradicional portuguesa. Diz quem sabe que tem mais vitaminas e minerais do que os espinafres e os brócolos e é rica em ferro. É mais fácil de cozinhar do que apanhar, já que é preciso luvas. A única parte da urtiga que se aproveita para a cozinha é a sua folha, uma vez que os caules são fibrosos. O seu sabor fica entre o espinafre, a couve ou os brócolos, com um ligeiro efeito de formigar na boca.
Se ainda não está convencido talvez seja de provar a última iguaria feita com a planta. São as queijadas de urtiga, confecionadas por Amélia Reis, 70 anos, residente na aldeia de Juncais, a partir de uma receita que tem como ingredientes açúcar, farinha, leite, ovos e urtiga."A ideia nasceu do nosso grão-mestre da confraria. Uma vez que eu era confrade, um dia ele lançou-me o desafio de arranjar um bolo onde se pudesse adaptar a urtiga. Então eu, com uma receita que tinha, comecei a fazer experiências", contou Amélia Reis. O próximo passo é a sua legalização e colocação no mercado. Esta iguaria vem-se juntar à alheira de urtiga, que já está a ser comercializada.

Fonte: Expresso




























































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