Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

terça-feira, 22 de novembro de 2016

Em Tinhela abatem-se árvores seculares, só porque sim



O ano passado, neste dia, fiz a seguinte postagem:


"Ontem fui a Tinhela. Neste lugar, com uma paisagem deslumbrante e com o Calvo aos pés, existia esta linda cortina de árvores que, em qualquer época do ano, tomava a cor da estação. e adornava o lugar. Disse, existia, porque, ontem, deparei-me com uma visão desoladora, brutal. As árvores foram abatidas e ainda não consegui saber por quê. 

Perdoai-lhes Senhor!"




Hoje, passado que foi um ano, já sei o que, efectivamente, se passou.

A dona do terreno explicou-me assim.

Sim, cortou as árvores, uns lindos plátanos, porque estavam a dar cabo do terreno e da estrada. As raízes já tinham rebentado com o alcatrão. (nota-se)
E ninguém tem nada a ver com isso, porque as árvores eram minhas, acrescentou. Santa ignorância















































Sem comentários: