Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

terça-feira, 10 de janeiro de 2017

Até sempre Mário Soares








A coragem de Mário Soares nos momentos difíceis da sua vida foi hoje recordada com emoção pelos filhos João e Isabel, no claustro dos Jerónimos, onde voltou a ecoar a voz do ex-Presidente da República 32 anos depois.
"Nós, tínhamos aprendido há muito, não se chorava à frente dos PIDES", disse João Soares, que recordou o dia em que em 1968 ficou a saber, com a sua irmã, avô e mãe, que iam deportar o pai para São Tomé e Príncipe, um dos momentos mais difíceis que Mário Soares enfrentou "digno" e "corajoso como sempre".João Soares, de cravo vermelho ao peito, evocou o percurso político do pai para elogiar a sua coragem
Na sua intervenção João Soares evocou o percurso político do pai, que "sofreu um número de prisões elevado" e foi forçado ao exílio em Paris, durante quatro anos, onde "fez uma vida simples": "somos testemunhas disso", afirmou.

Com a voz embargada, Isabel Soares, filha, lembrou os "tempos difíceis esses das prisões, da deportação para são Tomé e do exílio em Paris" mas, frisou, "nem durante esse tempo" se ouviu a Mário Soares um "queixume, uma palavra de desalento ou desânimo".Isabel Soares, com a a voz embargada pela emoção, lembrou como o pai sempre ultrapassou os tempos difíceis sem desalento ou desânimo
A cerimónia de homenagem ao antigo presidente da República, que morreu sábado aos 92 anos, começou com a audição das primeiras palavras que proferiu, enquanto primeiro-ministro, na cerimónia de assinatura do Tratado de adesão à Comunidade Económica Europeia, a 12 de junho de 1985, há quase 32 anos, no claustro do Mosteiro dos Jerónimos.

"Nestes claustros velhos de quatro séculos juntam-se hoje o passado e o futuro de Portugal. Ao realizar aqui a cerimónia histórica da assinatura do Tratado de Adesão de Portugal às Comunidades Europeias, quisemos sublinhar que a fidelidade às nossas raízes e tradições constitui condição essencial para a construção do futuro", disse então Mário Soares.


















































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