Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

quinta-feira, 18 de maio de 2017

A salva é uma das mais espantosas plantas medicinais que a humanidade tem ao dispor



A salva (Salvia officinalis) é um subarbusto perene, originário da região mediterrânica oriental, cultivado em todo o globo há milhares de anos. Por vezes surge como subespontâneo em Portugal. É uma das mais espantosas plantas medicinais que a humanidade tem ao dispor, sendo por isso também uma das mais estudadas. Notáveis os estudos em decurso que demonstram como pode retardar o processo de envelhecimento e ser utilizada com sucesso no tratamento da doença de Alzheimer.

Também conhecida como erva-santa, erva-sacra, chá-de-frança, chá-da-europa, salva-das-farmácias ou salva mansa, é muito bonita enquanto planta ornamental, revelando-se fundamental num jardim, para quem quiser tirar partido das suas propriedades medicinais e culinárias.

As folhas frescas podem ser utilizadas para limpar os dentes, simplesmente esfregando a página superior, mais rugosa, para conseguir o efeito. Passadas por polme de farinha e ovo e levemente fritas em azeite, podem ser comidas como peixinhos da horta vegetarianos. As flores de todas as variedades são comestíveis.

As folhas possuem um aroma forte e pungente, sendo muito populares na cozinha. São utilizadas com frequência em comidas mais pesadas, como carnes gordas, pratos de forno, etc, pelas suas propriedades digestivas.

A infusão das folhas secas ou frescas actua sobre o aparelho digestivo, além de ser utilizada como tónico e estimulante hepático ou para melhorar a circulação. As suas propriedades anti-sépticas tornam-na efectiva em gargarejos. A planta é também utilizada em casos de lactação excessiva, suores nocturnos, salivação excessiva, transpiração excessiva, ansiedade, depressão, esterilidade feminina e problemas relacionados com a menopausa.

A sua colheita deve ser feita antes da floração. Recomenda-se para uso interno a infusão de 1 colher de sobremesa da planta seca por chávena, 3 chávenas por dia, durante 2 a 4 semanas. Pode tornar-se tóxica quando tomada por períodos mais prolongados.

Externamente é utilizada para tratar picadas de insectos, infecções da pele e corrimento vaginal. Nestes casos deve colocar-se 30 a 40 gr/l de planta seca e ferver durante 10 minutos e aplicar sob a forma de compressas, lavagens ou banhos de assento. As folhas, quando aplicadas sobre um dente infectado, aliviam as dores.

Fonte: Plantas aromáticas, Condimentares e Medicinais
















































Sem comentários: