Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

terça-feira, 6 de junho de 2017

Enfermeiro português salva jovem no atentado de Londres



Um enfermeiro português a viver em Londres estava num dos restaurantes alvo do ataque terrorista de sábado à noite. Prestou os primeiros socorros a uma jovem que foi esfaqueada

Carlos Pinto, enfermeiro em Londres, estava no sítio errado à hora certa no sábado à noite. Jantava no restaurante El Pastor, no mercado de Borough, alvo de ataque, e prestou os primeiros socorros a uma jovem que foi esfaqueada no peito.

Uma rapariga com 17, 18 anos, cálculos de Carlos Pinto, foi ferida quando as pessoas começaram a tentar fugir, relata ao JN. O atacante deixou-lhe uma marca profunda no tórax. A jovem terá perdido cerca de meio litro de sangue.

"Ainda custa a acreditar em tudo o que se passou", escreveu, na sua página no Facebook, doze horas depois dos acontecimentos. "Um jantar normal entre amigos acaba num ataque sem escrúpulos. Felizmente estamos todos bem e a sensação melhor é ter ajudado a ficarem bem", prossegue.
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O enfermeiro, que trabalha numa unidade de cuidados intensivos em Londres, estava com um grupo de amigos. Entre eles, outra enfermeira, que não quis ser identificada, que também ajudou a jovem. Pediram gelo e toalhas para fazer compressas e estancar a hemorragia e fita-cola castanha, de colar caixas, para selar a ferida. A vítima estava muito fraca, Carlos admite que pudesse ter o pulmão perfurado.
Esteve a metros de um dos três atacantes. Descreve um homem de pele escura e barba negra, à porta do restaurante, impedindo a saída de clientes e gritando. "Só me lembro de ver a boca dele a mexer muito", recordou o enfermeiro, natural de Constantim, Vila Real.
A história é contada também na BBC, vista pela perspectiva do companheiro de Carlos Pinto, Giovanni Sagristani. "Ele fez pressão na ferida", conta, relatando como improvisaram maneira de conter a hemorragia. "Mantiveram-na consciente", diz, citado pela BBC. "Teve muita sorte em tê-lo ali."
Outras pessoas que se encontravam no El Pastor empurraram o atacante para a rua, atirando-lhe cadeiras e garrafas. .Uma vez na rua, o pessoal do restaurante desceu uma porta de segurança e fechou toda a gente dentro do restaurante na Stoney Street.
"Após um momento inicial de pânico, toda a gente tentou ajudar a rapariga e manteve-se calma. Ficámos todos nas traseiras do restaurante. Havia tiros na rua e não sabíamos o que se passava", continua Sagrastani. Calcula que os paramédicos demoraram duas horas a entrar.
As mesmas duas horas descritas por Carlos Pinto ao JN. Não sabe se demoraram tanto porque sabiam que havia enfermeiros no restaurante ou se havia gente em pior estado.
Não se sente um herói, agiu "por instinto", conta ao JN. Só no dia seguinte, tomou consciência do que se tinha passado. "Sinto-me pior do que estava ontem", afirma ao jornal.

Uma vez na rua, confessa que sentiu mais medo depois de ter saído do El Pastor. "Fomos tratados com muita agressividade, principalmente verbal, até perceberem que éramos vítimas e não os terroristas", afirma.
Depois de deixar o restaurante, sem escolta policial, o grupo caminhou cerca de 30 minutos. Carlos e os amigos alugaram uma carrinha e levaram a casa as pessoas que tinham os bens pessoais para trás. A conta chegou às 180 libras (220 euros), dinheiro que não lamentam ter gasto. "Fizemos aos outros o que gostaríamos que nos fizessem".
Fonte: DN
















































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