"Mas o fruto dos frutos, o único que ao mesmo tempo alimenta e simboliza, cai dumas árvores altas, imensas, centenárias, que, puras como vestais, parecem encarnar a virgindade da própria paisagem. (Miguel Torga)
Quando chega o Outono, Lebução, e todos os campos que circundam esta terra, mudam de cor. Na paisagem multicolor, sobressaem gigantescos castanheiros, de ramos descaídos com o peso dos ouriços, abertos à força das castanhas, que vão caindo numa chuva, miudinha, que o povo aceita como uma bênção. É assim há centenas de anos, tantos quantos testemunham muitos dos velhos castanheiros implantados nos campos de Lebução:
"trezentos anos a crescer, trezentos anos em seu ser, outros trezentos a morrer", confirmou Aquilino Ribeiro, escritor cuja admiração pelos castanheiros transpira da sua vasta obra literária.
Hoje, a castanha está intimamente ligada às comemorações de São Martinho e ao Magusto, sendo consumida durante o outono, normalmente assada ou cozida.
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