Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

terça-feira, 21 de novembro de 2017

A malva é usada como hortaliça desde o sec. VIII A. C.



A malva (Malva sylvestris L., Malvaceae) cultivada como planta ornamental, por conta de suas belas flores, é originária da Europa e, além do seu uso na fitoterapia, a planta é usada como hortaliça desde o século VIII a.C. Esta espécie não deve ser confundida com outras existentes no Brasil ou no exterior e que são conhecidas pelo mesmo nome “malva”, mas pertencem a outros gêneros da mesma família botânica (ex. Sida, Pavonia, Abutilon e Althaea). Existem 243 gêneros da família das malváceas no mundo e aproximadamente 80 deles são encontrados na flora brasileira, ou são cultivados, como o quiabo, o algodoeiro, a alteia, etc. É necessário muito cuidado para não confundir a espécie verdadeira (Malva sylvestris) com outras espécies semelhantes, pois as propriedades medicinais de algumas outras malvas são diferentes. Inclusive algumas dessas espécies de malva são utilizadas como adulterantes de chás vendidos em farmácias e casas de produtos naturais..

As flores da malva, frescas ou secas, são bastante consumidas nos países europeus, até mesmo mais consumidas do que as folhas.
Essa planta, comumente usada na medicina popular no Brasil, possui substâncias como taninos, mucilagens e óleos essenciais que são responsáveis por suas propriedades cicatrizantes, laxativas e emolientes. Na época renascentista, na Itália, era usada como cura de todos os males, inclusive nos conventos, onde suas flores eram usadas na forma de chá, como um calmante dos desejos sexuais. Na antiguidade também era usada em forma de uma poção à base de sumo da planta, para dar disposição durante todo o dia, Carlos Magno gostava de ter essa planta em seus jardins imperiais e os gregos a consideravam sagrada, pois imaginavam que a malva libertava o espírito da escravidão das paixões. Talvez isso se devesse ao efeito calmante, o mesmo que diminuía o desejo sexual nas freiras da Itália!
Fonte: Remédio-Caseiro















































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