Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

quinta-feira, 2 de novembro de 2017

Dia de recordar os que já partiram_dia de finados





"Nunca me despedi completamente: o amor não deixa…
Quem ama pode ausentar-se, boiar por uns tempos na neblina e no silêncio, ou acampar provisoriamente no deserto. Mas despedir-se… 
Quem ama é incapaz de se despedir completamente. Por isso diz «Volto já», «É por pouco tempo», «O tempo passa depressa», «Vou escrever ou telefonar centenas de vezes ao dia», «Vou estar sempre a pensar em ti».
Às vezes parece que pelo menos a faca da morte corta tudo o que se teve ou viveu. Mas não. A morte apenas separa, não mata.
Lavo-me, por isso, na água da saudade e da espera; procuro vozes e risos que guardei intactos; aspiro o perfume do vapor onde ferveram conversas e sonhos; aconchego-me a uma camisola sem corpo, como se nela habitassem ainda os braços que me abraçaram.
Estão tão vivos os meus mortos!... "
(Padre João Aguiar Campos)
Da página de Ismael Teixeira
















































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