Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

O Céu da minha terra





Quaisquer que sejam as nossas convicções, o nosso dia a dia é fortemente influenciado pelos conhecimentos adquiridos e sistematizados ao longo de milénios sobre a Astronomia, certamente a mais antiga das ciências.
calendário por que nos regemos, por exemplo, resultou das observações que se foram acumulando desde a pré-história até aos nossos dias sobre o movimento aparente da esfera celeste.
Com efeito, tudo leva a crer que desde muito cedo o homem se tenha sentido deslumbrado ( e atemorizado) com o espectáculo intrigante do desfilar dos corpos celestes e com a periodicidade do seu aparecimento.
Em primeiro lugar terá dado conta da regularidade com que o Sol e a Lua apareciam e desapareciam e com o tempo apercebeu-se que havia um conjunto grande de pontos luminosos cuja posição variava ligeiramente de noite para noite mas voltava a apresentar o mesmo aspecto ao fim de algum tempo (um ano).
Diversas construções nas ilhas Britânicas dos fins do Neolítico e princípio da Idade do Bronze provam que, muito provavelmente, mesmo antes da invenção da escrita já havia uma grande curiosidade e preocupação com o movimento dos corpos celestes.
O exemplo mais conhecido é Stonehenge, onde se constata que em algumas fases da construção houve uma orientação geral, certamente deliberada, do eixo do monumento para o nascer do Sol no solstício de Verão, numa direcção, e para o pôr do Sol no solstício de Inverno, na outra.
Torna-se contudo muito difícil saber quais eram verdadeiramente os conhecimentos astronómicos na pré-história por não haver documentos escritos que possam apoiar uma investigação.
Fonte: A. Rui Machado


















































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