Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

Tinhela, com o Calvo aos pés


Pela leitura de um documento de séc. XII, depreende-se que Tinhela terá tido um forte domínio de um Castelo de «Monte Forte super Flavias», deste modo se explica porque pertenceu ao concelho de Monforte de Rio Livre até 31 de Dezembro de 1853, passando nessa data para o de Valpaços.

Não há consenso quanto à paróquia de Nossa Senhora da Assunção de Tinhela: há quem defenda que foi da apresentação do Reitor de Oucidres, outros, porém, afirmam que era vigairaria de apresentação do Bispo de Bragança. Mais tarde, foi reitoria.
Com efeito, nos primórdios do séc. XVIII encontraram-se, nesta freguesia, indícios de civilização romana, o que leva a admitir que estes sítios foram habitados por povos romanos ou romanizados.

Tem duas aldeias anexas: a de Agordela, de onde provém a iguaria gastronómica apelidado de “cabritinho mamão no espeto” e a de Monte-de-Arcas, cujo topónimo «Arcas» transmite uma origem bastante remota, advindo, provavelmente, da romanização. Estas duas localidades constituíram, em tempos passados, duas freguesias independentes.

No património destacam-se uma elegante Igreja Matriz, bem como vários edifícios de certa importância arquitectónica.
Houve, ainda, exploração intensiva de volfrâmio em toda a freguesia, com particular referência para os bons filões de Monte-de-Arcas.
Fonte: Valpaços Município
















































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