Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

sábado, 5 de maio de 2018

A Cegonha-branca é monogâmica e utiliza o mesmo ninho, ano após ano



A Cegonha-branca é monogâmica e, geralmente, utiliza o mesmo ninho, ano após ano, pelo que este pode atingir dimensões consideráveis (existem registos de ninhos com 800Kg).
Os casais podem nidificar isoladamente ou em colónias que, por vezes, chegam a ser constituídas por quase uma centena de ninhos. Em Portugal são conhecidas colónias constituídas por mais de 70 casais nidificantes.
Esta espécie escolhe árvores, construções humanas de diversos tipos, postes e escarpas fluviais e costeiras, para edificar o ninho. Nos últimos 20-30 anos, tem-se observado um acentuado aumento da percentagem da população a nidificar em postes, em particular nos da rede eléctrica nacional. No Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, mais de meia centena de casais nidificam em escarpas costeiras e pequenas ilhotas, situação única no mundo.

O ninho é construído ou reparado logo após a chegada do primeiro elemento do casal da sua área de invernada. Durante as primeiras fases da época de nidificação, a ave que se encontra no ninho recebe o parceiro com o característico bater das mandíbulas e com uma exibição de movimentos da cabeça, de cima para baixo, sendo por vezes atirada para trás. O bater do bico parece ter a função de consolidar as relações entre os membros do par.
A postura é efectuada em Fevereiro/Março, durando a incubação pouco mais que um mês (33-34 dias). O período de permanência no ninho, após a eclosão, é de aproximadamente dois meses (58-64 dias).
A incubação, tal como a protecção e a alimentação das crias, é realizada por ambos os membros do casal. Um pormenor interessante do comportamento de protecção das crias, quando são muito pequenas, é a abertura das asas, por parte dos progenitores, para produzir sombra nas horas de maior calor.
Cada casal pode criar com sucesso 1 a 5 crias. Existem ainda alguns casos conhecidos de 6 juvenis voadores por ninhada, situação considerada muito rara.

Fonte: Naturlink















































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