Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

sexta-feira, 13 de julho de 2018

As aldeias estão a ficar desertas, e, pior que isso, abandonadas à sua sorte







E lá estou eu, a bater, sempre, na mesmo tecla_até que os dedos me doam, como me dói a alma. 
Dou comigo a pensar nas nossas aldeias que jamais serão o que foram, graças às políticas desastrosas de quem detém o poder_escolas e outros serviços encerrados, campos abandonados e uma população envelhecida. Esta é a realidade, pura e dura realidade.
Nunca, como agora, as marcas da desertificação humana foram tão nítidas em Trás-os-Montes, nomeadamente na minha região.
Continuamos a perder gente a um ritmo galopante: os idosos vão partindo e os novos partem à procura de outra vida, que isto aqui não é vida para ninguém, dizem.
As aldeias estão a ficar desertas, e, pior que isso, abandonadas à sua sorte e engolidas pela vegetação _ pacientemente à espera que as silvas e os tojos cubram as ruínas, rumo a uma morte anunciada.















































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