Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

sábado, 14 de julho de 2018

O meu crochet




Na minha terra toda a gente faz crochet. Toda ou quase toda.
Algum nem é bem crochet, é mais uma rede peixeira, como dizia a minha Mãe.
E eu, algumas vezes, raras, também procuro entrelaçar a linha na agulha à espera da obra prima. Sim, eu também faça crochet. Estão admirados?
Eu sou uma pessoa de múltiplos talentos, como dizem por aí. Mas diz-se tanta coisa, que é difícil ver onde está a verdade.
Pois, o meu crochet é diferente. Tinha mesmo que ser. 
Enquanto a minha irmã Fátima fazia lindos trabalhos com linha e agulha muito fina, eu vou ao algodão que serve para atar o fumeiro e utilizo uma agulha que mais parece um espeto.
E o resultado é este, como podem ver.
Claro que um trabalho com este algodão matrafão, leva muito fio. Sempre que vou a Valpaços compro uma meia dúzia de meadas. A senhora que me atende, certo dia, disse-me:
É a pessoa que mais algodão compra, faz muito fumeiro!
E eu, divertida, respondi que era para fazer crochet.
A senhora abriu tanto a boca que dificilmente a deve ter fechado















































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