Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019


Parabéns, Henrique!
Ontem foi dia de aniversário do meu irmão Henrique. Meu irmão, meu Padrinho, força inspiradora, exemplo de vida e tudo o mais que não cabe nas palavras.
O meu irmão, como todos nós, como o meu Pai e tios, a minha avó e irmãs, nasceu na casa que hoje está a ser demolida. Foi aí, nessa casa, que nós vivemos alegrias e tristezas, brincámos em criança e fomos muito felizes.
O Henrique e a Odete, com idades aproximadas, andavam sempre juntos, embora as diferenças entre eles fossem notórias_o Henrique era sereno, tranquilo, certinho, muito menino, muito menino da Mãe. A Odete era uma tempestade em forma de criança. Um verdadeiro furacão, que levava tudo à frente. Quando na escola alguém provocava o Henrique, ele logo dizia: eu vou chamar a minha Odete e isso afugentava qualquer um.
Contava o meu Pai, sempre de sorriso rasgado, que um dia, no jardim dos avós, estavam a negociar a venda dum vitelo, que estava quase concluída. Apareceu o Henrique e a Odete, com um enorme lenço vermelho, lenço tabaqueiro, assim lhe chamavam, e começaram a demonstrar as habilidades do animal, que investia para o lenço, manuseado pelos meus irmãos, qual touro bravo. Claro que isto afastou definitivamente o comprador.
O Henrique era uma criança meiga, afectuosa, disciplinada e transformou-se num Homem íntegro, num modelo de marido e pai. A vida não foi generosa com ele, que tem enfrentado as adversidades com a maior força, com a maior coragem. Um lutador, um herói, que tem sido, o meu irmão, ao longo dos anos. Claro que ao lado de um grande Homem está sempre uma grande Mulher. E eu curvo-me perante a grandeza de sentimentos da minha cunhada Laura, uma esposa e mãe inigualável.
Hoje é dia de aniversário do meu irmão Henrique. E eu desejo, para ele, o melhor do mundo.
Parabéns, Henrique!
















































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