Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

Há dias que marcam a alma e a vida da gente



Há dias que marcam a alma e a vida da gente, canta Marisa, divinamente, um poema de Jorge Fernando. E eu, parafraseando a cantora, digo que, efectivamente, há dias assim, com uma carga emotiva tão forte, que as palavras não conseguem traduzir.
O dia 02, deste mês de Março, vai ficar gravado na minha memória e no meu coração, para sempre_Há dias que marcam a alma e a vida da gente. Sim, um dia de paz e apaziguado, um dia de família, o nosso bem maior, de convívio, de conversas e de trazer à tona memórias já velhas, de tão usadas ao longo dos dias.
O meu olhar detém-se na Sara, na Matilde, na Carlota, no João e vislumbro por entre traços e atitudes as minhas meninas, pequeninas, regressadas de Angola_ a tia Gáça não é gôda, a tia Gáça é ,marguinha, dizia a Carlinha, apertando-me muito a mão. Ou então_ó avó, o xaile é minha. é velho mas quentinho, dizia a Fifia, toda enroladinha na manta da avó.
Hoje as minhas meninas têm as suas lindas famílias, com os seus rebentos, que adoram. E os maridos, claro. Sortudos, que são o Ni e o Miguel. Podiam correr mundo, que não encontrariam umas meninas tão prendadas como a Carlinha e a Fifia. Ninguém melhor que eles sabe o quanto isso é verdade. 
Mas isso são contas de outro rosário.
O dia em que festejámos os anos do meu irmão Henrique, foi um dia de grandes emoções. Emoções fortes, avassaladoras, que me levaram, muitas vezes, a casa dos Pais e às alegrias que lá vivemos.
Se os nossos Pais, que já partiram há tantos anos, pudessem ver-nos juntos e felizes, comungando a refeição de aniversário, de certo que não poderiam ter maior alegria. Disso tenho a certeza. E alegres estariam, também, por saber que o Henrique, o nosso Henrique, tem ao seu lado, há mais de cinquenta anos, uma grande Mulher, sempre presente nos bons e, principalmente, nos maus momentos. Uma excelente esposa e uma mãe exemplar. 
O meu irmão está rodeado da sua família, que o acarinham.e o mimam, numa dádiva de amor. Que mais uma pessoa pode desejar?















































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