Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

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quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Ainda o XIV Encontro Inter-Regional da Blogosfera e Fofógrafos Lumbudus


Há sempre um motivo para partirmos à descoberta das terras de Valpaços, em Trás-os-Montes, este Reino Maravilhoso que Miguel Torga cantou como ninguém. Desta vez o pretexto foi o XIV Encontro da Blogosfera e Fotógrafos Lumbudus que, como é habitual há já alguns anos, fez o seu convívio de Inverno, mesmo antes dele chegar, em Valpaços.
Fornos do Pinhal, Santa Valha, Barreiros e Sonim foram os lugares por onde andámos, que mereciam uma visita mais demorada, mas o tempo foi pouco para tão atraente e diversificado percurso, e tão agradáveis companhias.
Entrámos por ruas e ruelas, caminhos estreitos bordados de granito tosco e admirámos vestígios arqueológicos, artefactos utilizados, outrora, na agricultura, nomeadamente na cultura do vinho e do azeite e que perduram na memória do povo que os concebeu e utilizou e num museu de nome Memórias.
Deslumbrámo-nos com a arte estampada nas paredes das varandas da casa de um professor, que também foi pintor, retratista, caricaturista, poeta, artesão, lavrador, humorista e, acima de tudo, um grande benemérito, afirma-o, com toda a convicção, a população de Barreiros.
Visitámos, também, casas senhoriais que ainda hoje ostentam o brilho e opulência de outros tempos, e outros monumentos que albergam um néctar produzido nestas terras e esse néctar é fruto das videiras e do trabalho do homem.
Por escassas horas ligámo-nos às pessoas e admirámos os laços que os ligam à terra que pisam
e trabalham com o suor dos dias, às árvores e aos montes, às fragas e penedos, às nascentes e aos rios, aos vizinhos, às memórias e lendas, aos saberes, artes e tradições...
Regressámos com os olhos cheios e o coração afagado com a ternura desta gente que abre os braços e a porta para receber, à boa maneira transmontana, quem vier por bem.

































segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Mais Encontro da Blogosfera e Fotógrafos Lumbudus


Esta imagem, excelente como todas as que capta, é de Fernando Ribeiro.

Para aceder ao Blog Chaves, da sua autoria, e poder deslumbrar-se com o que de melhor se faz na arte de bem retratar, siga esta ligação:













domingo, 21 de novembro de 2010

O XIV Encontro Inter - Regional da Blogosfera e Fotógrafos Lumbudus em Imagens


Mensagem
Vinde à terra do vinho, deuses novos!
Vinde, porque é de mosto

O sorriso dos deuses e dos povos
Quando a verdade lhes deslumbra o rosto.





Houve Olimpos onde houve mar e montes.

Onde a flor da amargura deu perfume.

Onde a concha da mão tirou das fontes
Uma frescura que sabia a lume.





Vinde, amados senhores da juventude!

Tendes aqui o louro da virtude,

A oliveira da paz e o lírio agreste...



E carvalhos, e velhos castanheiros,

A cuja sombra um dormitar celeste

Pode tornar os sonhos verdadeiros.



Miguel Torga, Libertação