Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

Mostrar mensagens com a etiqueta a tradição das noivas de santo antónio. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta a tradição das noivas de santo antónio. Mostrar todas as mensagens

sexta-feira, 13 de junho de 2014

A tradição das noivas de Santo António



A tradição das noivas de Santo António



«Houve uma moça que gostava muito do padre Santo António, quando ele era um rapaz novo, e ainda não era dado como santo. Então a moça andava sempre de volta dele, mas ele desviava-se dela quanto mais podia, pois não queria casar. Já não tinha aquela vocação para casar, nem com ela nem com ninguém.
Um dia o pai da moça, que era uma pessoa com muito poder, resolveu vingar-se dele por não lhe querer a filha. E ao mesmo tempo queria fazer com que ela o tirasse do sentido, pois não gostava de ver a filha ao redor dele. E que fez? Mandou-o degolar. Cortaram-lhe então o pescoço e espetaram a cabeça numa estaca.
Mas quando todos pensavam que ele estava degolado e morto, ele apareceu do outro lado da rua a pregar. Ficou tudo admirado:
– O quê?! Então mataram-no e ele está ali vivo e a pregar!?
Foi assim que aquele rapaz ficou com a fama de santo. E dizem também que a moça, com o desgosto, não quis ser de mais ninguém. Sem o ser de verdade, ficou afinal sempre noiva de Santo António. E ao morrer também ficou santa.»

(lenda recolhida em Barcos, Tabuaço)
Alexandre Parafita – Património Imaterial do Douro