Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

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domingo, 24 de junho de 2018

Em Portugal, o Dia de São João é celebrado no dia 24 de Junho



Em Portugal, o Dia de São João é celebrado no dia 24 de junho.

São João é, tal como Santo António e São Pedro, um santo popular muito festejado em Portugal. É conhecido por ser um santo protetor dos casados e dos doentes, sendo o santo que batizou Jesus Cristo.

A festa é celebrada em várias localidades portuguesas, mas a cidade onde os festejos são maiores é no Porto, onde o dia 24 de junho é um feriado municipal.

Embora São João Batista seja considerado por muitos o "padroeiro popular" da Invicta, o título oficial de padroeira da cidade do Porto pertence a Nossa Senhora da Vandoma.

Na noite de 23 de Junho, a população sai à rua para festejar. O manjerico é um dos símbolos da festa, assim como os coloridos martelos de plástico e os alhos porros, utilizados pelas pessoas para bater (gentilmente) nas cabeças das outras.

Os balões de ar quente, feitos em papel, são outras das atracções que iluminam os céus na noite de São João.

As cascatas sanjoaninas, uma espécie de presépio animado feito com esculturas que exemplificam as artes, ofícios e arquitetura portuenses, é outra característica da festa portuense em homenagem a São João.

Na gastronomia, os festejos só ficam completos com a sardinha, broa, caldo verde, pimento e vinho.

A festa concentra-se na zona histórica do Porto, com milhares de pessoas a percorrerem as ruas e a ver o fogo de artifício lançado junto ao rio Douro, nas margens do Porto e de Vila Nova de Gaia. O programa das festas de São João é extenso, abarcando dezenas de diversas atividades que decorrem durante cerca de um mês.

Os mais jovens percorrem as zonas junto ao rio Douro em direcção à foz do rio, terminando a noite nas praias com um banho matinal, conforme manda a tradição.
Texto e foto/ Internet















































sexta-feira, 9 de junho de 2017

Virtudes e pecados de um lugar encantador_restaurante Árvore


Virtudes e pecados de um lugar encantador




Para lá da vista ímpar e do enquadramento histórico e patrimonial, no restaurante da Cooperativa Árvore, no Porto, há a açorda de bacalhau, a posta de vitela, o cabrito no forno e até milhos transmontanos. Para saborear e desfrutar do lugar.



É rodeado de Virtudes que está o restaurante Árvore. Não só as da toponímica, que vão da alameda ao passeio e jardim, mas também as relativas ao enquadramento que fazem do lugar um dos recantos mais atractivos e encantadores da zona histórica do Porto. Por dentro, há também as muitas virtudes que destacam uma boa cozinha associada a produtos e sabores transmontanos, a par de alguns pequenos pecados. 
É nas instalações da Cooperativa Árvore que se acolhe o restaurante. Ocupa parte dos antigos armazéns do piso inferior do edifício, ao qual foi acoplada uma sala envidraçada com amplas e virtuosas vistas sobre o rio Douro, Gaia e o edifício da Alfândega. Um dos atractivos é o jardim envolvente que recebe o bar e esplanada que se abrigam sob o arvoredo centenário e aproveitam também os românticos bancos de namorados do muro de granito. 
Para lá da vista ímpar e da carga histórica e patrimonial, o cenário torna-se quase idílico com a panorâmica do Jardim das Virtudes que se desenvolve encosta abaixo e em sucessivos socalcos. Com o afluxo de turistas, há muito que deixou de ser um dos segredos mais preservados da cidade, mas mantém, mesmo assim, a original envolvência natural e contemplativa. 
A par da criação e divulgação artística, o projecto da Árvore procura a implicação social, as dinâmicas culturais e criação de públicos cada vez mais alargados. É neste contexto que surge a abertura do restaurante, uma velha aspiração concretizada há um ano. A exploração do espaço está ligada ao restaurante Boa Cêpa, de Valpaços, que aqui procura replicar a boa cozinha com produtos e receitas de raiz transmontana com apontamentos de elegância e modernidade. 
Há a posta de vitela, o cabrito no forno e, até, em circunstâncias especiais, os tradicionais milhos transmontanos. Aos sábados é dia de cabrito e bacalhaus, mas a carta propõe a vitela assada na púcara, o polvo confitado em azeite ou o bacalhau no forno com presunto e crosta de broa. A par da carta existe também de segunda a sexta o “menu executivo”, propondo refeição completa por 8,50€. 

Instalados na esplanada e a olhar o Douro avançamos pelas “entradas” com a salada Árvore (12€) e outra de bacalhau incluída no menu económico do dia. Muito completa a primeira, com rolinhos de presunto (salgadote), bolinhas de queijo mozzarela, nozes, alfaces e cebola, que se temperou com o excelente azeite premium da Cooperativa de Valpaços. Um petisco à moda da aldeia a segunda, com o bacalhau esfiado, cebola picada e bom azeite.
Na secção de “peixes” — que, em boa verdade, pelo menos frescos, não constam — oferece-se bacalhau, polvo, gambas em espetada, e uns pouco canónicos “linguini com frutos do mar” e “paella marinheira”, com preços por dose que variam entre os 16 e 20 euros. Em boa hora se convocaram os filetes de bacalhau com açorda do mesmo (16€), de primorosa e apurada confecção. Caldo gelatinoso e o aroma fresco dos coentros a envolver o pão rústico, tudo saboroso, apetitoso e em equilíbrio. Filetes escorridos com a capa de ovo e farinha a envolver o bacalhau limpo de pele e espinhas e a decompor-se em saborosas lascas. Muito bem demolhado, temperado e cozinhado. 

Por José Augusto Moreira















































quinta-feira, 22 de abril de 2010

Parabéns à Sr.ª Ana Lavrador


A Sr.ª Ana Lavrador comemora hoje o seu aniversário. Sim, a Sr.ª Ana do Baptista, (pai) mais tarde Sr.ª Ana do Gustavo, (marido) mas sempre Sr.ª Ana do Outeiro.
Uma coisa é certa. Não é toda a gente que chega aos 87 anos com tanta lucidez que consegue reproduzir o ciclo do linho, com todas as tarefas que arrastava, e o nome dos artefactos inerentes a esse cultivo.
Natural de Lebução, onde viveu a maior parte da sua vida, ocupava os seus dias tecendo lindas peças que ainda hoje podemos admirar. Por contingências da vida vive, há anos, em casa do seu filho e meu amigo Afonso, no Porto.
Esta é a minha homenagem, a uma filha desta terra que, embora ausente, nunca esquece a terra do seu coração, a terra que a viu nascer.

Parabéns à srª Ana e, parabéns também, aos seus filhos Afonso, Zé Carlos e Rita.


TECEDEIRA


Namorei a tecedeira

Pelo buraco da chave

Ela estava tece tece
Minha porta não se abre


Minha porta não se abre

Ela é ruim de abrir

Ela estava tece tece

Minha mãe estava a dormir


Minha mãe estava a dormir

O meu pai já ressonava

Ela tece tece tece

E já era madrugada…


Eu estava pra te escrever

Logo à noite ao fim da ceia

Caiu-me a pena ao chão

Apagou-se-me a candeia


Ó que luar ó que lua

Ó que céu tão estrelado

Amor que tanto me queria

A quem trará enganado

(popular)