Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

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sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Festa no 3º aniversário do projecto Afectos.


Projecto Afectos comemora 3.º Aniversário

Mais de duzentas e cinquenta pessoas participaram na festa, que comemorou o aniversário de um projecto de solidariedade sob o aval da autarquia valpacense.

Nasceu em 2007 e “já mudou a vida de muitos”, como os próprios participantes fazem questão de dizer. Sob a tutela da Câmara Municipal de Valpaços, o “Afectos” ganhou vida e expressão e tem ganho cada vez mais admiradores e idosos que não se querem render à solidão.
Com actividades semanais que não se restringem apenas à sede de concelho, mas vão ao encontro dos idosos de vários pontos como Lebução, Carrazedo de Montenegro e Veiga de Lila, o projecto tem na sua génese proporcionar uma melhor qualidade de vida aos idosos, sobretudo, os que vivem sozinhos, sem retaguarda familiar. Combater, sobretudo, o isolamento social é a grande meta numa altura em que “os laços de vizinhança são cada vez mais fracos e a entreajuda não tem mais o significado de outros tempos”.
Várias actividades recreativas e de lazer preenchem o dia-a-dia dos duzentos idosos que integram o “Afectos”. Desde acções de esclarecimento,
aulas de ginástica e de pintura, croché, bordados, escultura e vários passeios, tudo é pouco quando se misturam beneficamente trabalho e lazer. Que o digam os vários técnicos e voluntários que imprimem em cada actividade um pouco de si. Aliás, bastam alguns minutos com os grupos para perceber a cumplicidade e amizade entre técnicos, voluntários e idosos.

Três velas em dia de festa

No passado sábado, 16 de Outubro, o Projecto Afectos comemorou três anos e o dia foi de festa. Mais de duzentas e cinquenta pessoas concentraram-se pela manhã, no Centro Cultural Luís Teixeira, em Valpaços, para um espectáculo onde os idosos foram os protagonistas, na interpretação de temas, peças de teatro, poemas, anedotas, entre outras.
Depois, contando com a presença do autarca valpacense, Francisco Tavares, vice-presidente do município, Amílcar Almeida, e presidente da Assembleia Municipal, João Mateus, o grupo participou num almoço convívio, onde não faltou o bolo de aniversário e o bailarico, acompanhado sempre da alegria e animação dos idosos.

Fonte: Cátia Mata







quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

O Carnaval em Lebução Festa de Cor e Alegria


Os festejos do Carnaval em Lebução perdem-se na noite dos tempos. Marcam a antiguidade e a originalidade da tradição, cheia de cor e alegria.
Noutros tempos, o Carnaval saía à rua, com caretos e marafonas, de cara tapada, utilizando quase sempre um simples naperon de renda.
E também havia carros alegóricos, puxados por bois ou burros, embora os carros não tivessem essa designação.
A farinha, a água e as formigas faziam parte das brincadeiras que punham todos a correr e metiam os mais novos e menos afoitos em casa.
Depois de uns anos em franca decadência ( esta data quase passava despercebida na minha terra, não fossem os manjares preparados em cada casa) eis que reaparece, em força e em grande, pela mão dos mais velhos, como disse a minha amiga Armandina, e eu direi, dos mais experientes.
Este ano cumpriu-se a tradição, em Lebução, como todos podem constatar.
Estão de parabéns todos os meus conterrâneos que, de qualquer modo, contribuíram para que o Carnaval saísse à rua com todo o seu explendor.
Está de parabéns o Projecto Afectos, na pessoa da sua coordenadora Drª Filomena Conde, e quem se voluntarizou para o apoiar, pelo impulso na recolha e divulgação de tudo que é tradição, que é genuíno, que é nosso.

Por último, e estes são quase sempre os primeiros, até no Reino dos Céus, curvo-me perante a Autarquia, representada pelo seu Presidente, Engenheiro Francisco Tavares, pelo apoio, empenho, carinho e dedicação com que abraçou esta causa ( Afectos).