Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.
É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.
Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.
Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.
A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".
A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.
3 comentários:
Vamos todos apoiar o Dr. António Barbosa a Provedor da Santa Casa...
para salvar o Hospital. Com Valpaços ... sempre! Com conversa e retórica das 5as não se resolvem os problemas do concelho. Já temos muitos teóricos...
Como apaixonado pela História, (e pelos seus caminhos viandante) alegra-nos que aqui, AÍ, ou além, se agrupem peregrinos do conhecimento, em luminosos rituais de reflexão e fulgentes sinais a indicar outros melhores trilhos para o devir da Humanidade.
Temas bem escolhidos, de harmoniosa sequência.
Caminho iniciado (desde há 432 anos), com uma espiritualidade grandiosa da qual se esperava emergisse o sonho e a realidade de um “Quinto império” , sob a bandeira da Cultura.
Augurai, gentes vindouras,
Que o Rei que daqui há-de ir,
Vos há-de tornar a vir
Passadas trinta tesouras.
Dará fruto em tudo santo,
Ninguém ousará negá-lo;
O choro será regalo
E será gostoso o pranto.”
Trovas do Bandarra
Esse «acontecimento», no Centro Cultural de Valpaços, acrescenta-nos algum alento para continuarmos a remar contra a maré de cretinice - política e ética - que ora inunda o nosso País e logo o vaza dos seus valores consagrados.
Essa iniciativa, esse «acontecimento», recordou-nos: -“Quem não tem a consciência certa das raízes profundas do seu ser, isto é, do povo a que pertence, de que coisa pode ter certeza ou noção”?
...Há Portugalidade e Conhecimento par além do Marão!...
(E hoje recordamos D. DUARTE DE ALMEIDA….Já lá vão 5 3 5 anos!).
Romeiro de Alcácer
Gostei, achei interessante, estao todos de parabens, e tb a fotografa bjinho grande.
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