Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

sábado, 17 de agosto de 2013

A Santa de que falamos - Santa Marinha


O mês de Agosto é, por excelência, o mês das festas e romarias, aqui no nosso Concelho. Não há lugar, por mais pequeno que seja, que não organize uma festa, em homenagem ao Padroeiro ou a qualquer outro santo da corte Celestial.
Hoje, vamos falar de uma Santa, mártir, que se venera na Capelinha de Santa Marinha, próximo dos Ferreiros - Santa Marinha é o seu nome. Os terrenos que envolvem a Capela tomaram, também, essa designação, o nome da Santa que aí se venera. É portanto, em Santa Marinha que podemos encontrar linhares e lameiros, soutos e vinhas.
A vida de Santa Marinha  é fantástica mas questionável, como tudo aquilo que se refere a todos os Santos e Mártires. Alguns, com convicção, dizem que o seu verdadeiro nome era Margarida ou Pelágia, mas esta confusão, deve-se ao martírio pelo qual passou, muito parecido com as referidas Santas. Em tempos transactos, a imaginação e as mentalidades vagueavam, livremente por terras de Aragança e França, daí esta tremenda confusão!


Santa Marinha ou Pelágia, a Santa que hoje invocamos, nasceu nos passados seculos III ou IV, segundo reza a história, lá para os lados da província romana da Síria.

Um dia a menina, filha das melhores famílias, linda e airosa, viu-se cercada por soldados. Para evitar a crença contra a fé, mas acima de tudo a sua pureza, atirou-se do alto das muralhas.  Quando Santa Marinha se atirou da muralha, caiu num fosso onde estava um dragão, nada de mitologia, mas o verdadeiro mafarrico, com chifres e artimanhas que usa para enganar as almas distraídas. Porém a nossa serva de Deus, armada da fé, de uma cruz e uma espada, certamente tirada a um soldado, venceu o mafarrico. A pensar que se tinha safado do demónio, a Santa foi cair nas garras do governador romano, criatura infame que se chamava Olíbrio, de sobreolho carregado,a cujas mãos padeceu, martírios sem conta, e cruel morte.
Assim,  a nossa Santa ganhou a merecida palma de martírio, de Santa Castíssima Virgem.

Na arquidiocese de Braga, o seu culto está registado desde o século IX e com certeza, a sua introdução foi muito anterior, para refazer a alma dos devotos com orações. No distrito de Braga é padroeira de vinte e três freguesias.
Como todos os santos tem o Seu dia no calendário religioso - É venerada a 18 de Julho, no mesmo mês e ao lado de São Teodorico, Santo Atanásio, Santa Pulquéria e mais.
(Fonte: Wikipédia com alterações)























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