Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

terça-feira, 14 de julho de 2015

Beldroegas _ de erva daninha a comida gourmet



Seguindo o adágio popular que diz que a necessidade aguça o engenho, a Escola Superior Agrária de Coimbra (ESAC) inventou menus de beldroegas, a lembrar que essa erva desprezada por muitos é saborosa, saudável e nada custa.
A planta - que com facilidade atapeta quintais e campos de cultivo, e até se consegue encontrar em calçadas de avenidas de Coimbra - em tempos de crise, como o actual, segundo os dinamizadores, deve ser recuperada nos seus usos tradicionais quase perdidos, alimentares e medicinais.
Agora, a escola quer fazer chegar a mensagem à sociedade e realçar que para a "alta cozinha", ou "cozinha gourmet", sempre ávida de novos produtos e sabores, este é um caminho a explorar.
No entanto, a intenção é que a sociedade tenha um outro olhar sobre essa "praga", essa planta infestante que quer ver longe dos quintais e dos campos de cultivo. Ela está ali à mão e nada custa.

Na gastronomia tradicional portuguesa, de Norte a Sul de Portugal, em especial no Alentejo, a beldroega ainda vai figurando nos menus, particularmente em sopas e saladas, mas a utilização fica muito aquém do seu valor intrínseco.
"Neste momento de crise é preciso inovar. Um dos aspectos interessantes é que nasce espontaneamente e é injustamente tratada como uma erva daninha", afirma a docente Leila Rodrigues, que dinamizou o programa multidisciplinar sobre a beldroega no âmbito da escrita académica no módulo curricular de língua inglesa e comunicação.
Filipe Melo, igualmente docente na ESAC, realça à agência Lusa que essa planta tem um elevado valor medicinal e nutricional, "porque é riquíssima em sais minerais e vitaminas", especialmente a A, B e C. "É rica em mucilagens, em ácido ómega-3", e entre as suas virtualidades destaca a ajuda à redução dos níveis de colesterol.
Fonte: JN



































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