Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

segunda-feira, 26 de março de 2018

Terminou a vigésima edição da Feira do Folar de Valpaços



Terminou a vigésima edição da Feira do Folar de Valpaços, o maior certame gastronómico da nossa região e, talvez, do país. Este evento, como vem acontecendo ao longo dos anos, foi um sucesso garantido. A confirmá-lo temos as dezenas de milhar de visitantes, que acorreram a Valpaços, durante os três dias do evento.
Comercializaram-se, em stands instalados para o efeito, os mais variados produtos da terra, da terra transmontana, da terra valpacense. São produtos nossos, produzidos nos nossos campos, ou transformados a partir dos primitivos, com o esforço de quem faz do trabalho um hino de louvor à vida. Identificam-nos como povo, fazem parte da nossa cultura, da nossa vida. São uma herança que recebemos dos que nos antecederam e que nós vamos legar aos vindouros.
São genuinamente nossos.
Mas o Rei da Festa, claro, foi o folar, o nosso pão da Páscoa!
Pão da Páscoa? Isso é coisa de outros tempos. Hoje o folar é o pão nosso de cada dia, de todos os dias. Come-se na Páscoa, no Natal, nos Santos, na festa, em qualquer festa. Porque é todos os dias que as nossas mulheres arregaçam as mangas e metem a mão na massa. Depois é só ver sair dos fornos de lenha, essas deliciosas bolas de carne a que chamamos folar.
Pois, como ia dizendo, a Feira do folar, este ano, excedeu, de longe, as melhores expectativas. Os stands vazios, os sacos que se consumiram, os rostos sorridentes de quem vendia, a alegria do nosso Presidente, levaram-nos a esta conclusão.
Toneladas de folar que fizeram a delícia de milhares de famílias deste país e do mundo. Até do Japão, Vereador Jorge Mata Pires!
Está de parabéns o povo de Valpaços que transformou o nosso pão da Páscoa, num produto de excelência, consumido em todo o mundo.
Está de parabéns a Câmara Municipal, na pessoa do seu Presidente, Dr. Amílcar Castro de Almeida, pelo empenho e dedicação à causa do folar, da sua certificação.
E pelo apoio sem o qual a Feira do Folar nunca se realizaria.
Parabéns, senhor Presidente! É um orgulho tê-lo à frente do Município.
















































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