O Outono é tempo de abundância, de colheitas, de fartura, de frutos, de dádivas generosas. As varandas enfeitam-se de milho, atado pela rama seca das espigas. Fazem-se as vindimas e apanham-se os restantes frutos: maçãs, pêras, marmelos, figos, nozes, e, mais tarde, romãs e dióspiros.... Mas «o fruto dos frutos... a castanha... cai dumas árvores altas, imensas, centenárias
... O Castanheiro.
O castanheiro é originário da região mediterrânea, tendo-se expandido pelo centro e norte da Europa. A difusão do seu cultivo ocorreu com o domínio romano e foi fomentado ao longo da Idade Média.
«Os Celtiberos, que conheciam as virtudes do castanheiro, veneravam-no como divindade exclusivamente benigna. Causava-lhes espanto ver esta majestosa árvore, braços no ar, desafiar rijos ventos e tempestades, bem fincada no chão. Até o raio a poupava e lhe merecia respeito!
O castanheiro sempre foi sinónimo de fartura e riqueza... »(Drº Veloso Martins).
Não suporta condições climáticas extremas, ainda que resista a baixas temperaturas. É sensível a geadas prematuras, no Outono, ou tardias, na Primavera. Os verões quentes, mas com alguma chuva, favorecem o desenvolvimento de frutos de qualidade.
Portugal está entre os maiores produtores de castanha, a nível mundial, junto com a China, Coreia do Sul, Itália e Turquia.
Em Lebução existe uma grande quantidade de grandiosos e seculares castanheiros, que envolvem e abraçam todo o casario. Deles, castanheiros se diz que levam «trezentos anos a crescer, trezentos em seu ser e mais trezentos a morrer.»
Quando velhinhos, ainda ardem na lareira, e as suas brasas aquecem o corpo e a alma, durante os longos e frios invernos.



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