Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.
É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.
Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.
Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.
A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".
A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.
8 comentários:
Cara Profª Graça,
como é bom poder comer uma boa côdea de pão centeio.
abs
Foi a Prof. Graça que fez esse pão?
Eu não acredito! Sempre lhe ouvi dizer que gostava de possuir esse dom, mas daí até...
Ele pode comer-se não correndo o risco de ir parar ao hospital?
Se assim é eu também quero...
Não te conhecia essses dotes relacionados com a panificação. Quem houvera de dizer!
Mas concordo que o pão centeio, sobretudo aquele que ainda se vai fazendo nalgumas casas das nossas terras, ainda é o verdadeiro pão. O resto, bom... o resto é para os urbanos, que quase nem chegam a saber o que é bom mesmo.
Já agora, reserva aí uma codita.
Como sabes a minha família sempre se dedicou à arte de fazer pão centeio, acho que era do melhor que se podia comer! Nessa senda, eu com a ajuda da minha mulher,e sabedoria da minha mãe, faço todos os sábados sete paesinhos parecidos com os que estão na fotografia.
Por achar que tens amigas tão habilidosas e com certeza de bom gosto, permite que me associe e considere que este texto também podia ser uma homenagem à minha tia Cacilda e a todos os que comeram pão centeio do forno do Outeiro.
Um Beijo
Afonso Carneiro
Prof Graça antes demais quero dar lhe os parabens pelo excelente trabalho que tem realizado em divulgar a nossa terra e tudo que ela tem de bom,com sabor especial para quem está longe e gosta da terra que os viu nascer.Desculpe pelo abuso mas não posso deixar de agradecer ao Afonso o carinho e a ternura com que fala da tia Cacilda ,ela tambem tem por ti muito carinho e amizade.beijos
Eu acho, anónima, que não havia necessidade de ocultar o nome.
Está à vontade para manifestar a tua opinião, sempre que entendas necessário.
Volta sempre.
Um abraço.
que vontade de comer um folarzito eheheh a ver se os meus pais voltam rapido pra me trazerem um folarzito eheheh
Espero que a Pascoa tenha sido optima :)
Afonso:
Peço desculpa, Afonso, mas estes dias foram vividos tão intensamente que quase me abstraí do resto do mundo.
Acho justo,e associo-me à homenagem
que queres fazer à tua tia Cacilda e a todos quantos comeram pão centeio, delicioso pão, feito no forno do "Outeiro."
Quando tiver deste pão, Celestino, eu aviso. E podes matar saudades do pão e da terra.
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