Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.
É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.
Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.
Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.
A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".
A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.
6 comentários:
Já nesse tempo havia pessoas avançadas no tempo. O teu avô foi, seguramente, uma delas.
Podes crer, Celestino. Além disso era um homem bom e duma generosidade sem limites.
Um beijo
Cara Profª Graça,
como é saboroso ouvir "estórias" que dão vida ao nosso património.
abs
Lembro-me do seu avô Prof. Graça e tenho muito boas recordações dele.
Os meus pais falavam-me que ele era muito amigo dos pobres e que lhe emprestava dinheiro muitas vezes. E que fiava a quem não levava dinheiro para pagar as compras. Eu rezo sempre pelo seu avozinho que deus tem.
07 Abril, 2010 12:04
Recordações de boa gente e de um belo palacete.
Já agora um enorme abraço ao "Tio" Paulino, um grande amigo.
Pois é Graça, a minha memória não me leva ao teu Avô, mas devia ser um Homem Bom, como era o teu Pai o Sr Manuel Gomes (Lecho) e em relação à casa e ao teu pai, posso dizer que o meu Avô Batista passou algumas noites nessa casa com o Sr. Lecho, sei que eram grandes amigos e como não eram grandes frequentadores de tabernas... Essa amizade parece que está ainda viva... Não te parece?
SÓ um recadinho para a minha prima anónima, eu sei que a tua mãe gosta de mim e tu põe o teu nome naquilo que escreves, pois parece-me que o fazes muito bem.
Um beijo
Afonso Carneiro
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