Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

terça-feira, 17 de março de 2015

Mensagens que aquecem o coração



Este texto, excelente e cheio de emoção, foi escrito, como vêem, pelo meu amigo Gilinho, Gil Leitão Borges. E fê-lo, comentando uma postagem, neste blog _ A Praça. Porque merece e porque me deixou emocionada resolvi trazê-lo à luz do dia. Não pude e não quis deixá-lo oculto na caixa de mensagens do blog
 http://lebucaodevalpacos.blogspot.pt/

Lebução é uma aldeia próspera do nosso concelho, com forte vocação mercantil. Sempre o foi. Localizada no extremo norte, em plena terra fria, outrora pertença de Monforte de Rio Livre, com a raia bem próxima, tem uma localização privilegiada, sendo a mais importante de um vasto conjunto de lugares naquela encruzilhada de rotas, em plena comunhão com a natureza. Sinais desse estatuto são as belas casas com suas fachadas graníticas, as ruas desafogadas, asseadas ladeadas por inúmeros comércios, lojas e serviços, hoje menos fulgurantes, frutos do despovoamento que afecta o interior. Conheço bem esta terra, e dela guardo boas recordações, desde os tempos da meninice. Nela habita gente Amiga! Nela recebi colo carinho e amizade! Nela, em dias de festa percorri com a Banda de Valpaços as ruas, em procissões e arruadas confluindo para a praça!
A praça, agradável sala de visitas, ampla, airosa e sobretudo simples, como as pessoas de Lebução!

Hoje continuo a visitar Lebução! Visitar Lebução, é sinónimo de visitar a Graça e a Maria Alice. Já não está a Fátima. Abro o portão, subo as escadas da sua casa, uma das mais bonitas de Lebução, bem conservada, em perpianho de granito, com sacadas floridas voltadas para a rua principal. Entro, repete-se o colo carinho e amizade de sempre, que agora também a minha filha recebe. Sinto-me em casa!

Gil Leitão Borges


































2 comentários:

Anónimo disse...

“Pescador de pérolas”

Como trago debaixo d’olho este Blogue, já ontem, sorrateiramente, abri a «caixa de comentários» e apreciei as palavras do «seu» Gilinho.
Pode crer que mal as li disse-para comigo: - estas bem merecem um Post(al)!
Provavelmente pensei em voz alta e o Nicolau aqui vizinho, ouvindo-me, talvez tenha falado para o primo Nicolau da antiga capital de Monforte de Rio Livre e a alcovitice chegasse à boa consciência da «nhôra» Graça.
Ora, assim, estando todos de acordo quanto a um Post(al) merecido, para o «comentário» de um «mimado» Gilinho, tenho de dizer da minha satisfação, “ajuntada” à dos Nicolaus e dos seus «calvinos» devotos.
LEBUÇÃO até pelo retrato nos encanta, quanto mais a quem por aí andou, anda … ou aparece de relance (não fosse eu um “pescador de pérolas”)!
M., 18 de Março de 2015
Romeiro de Alcácer

Graça Gomes disse...

Há quanto tempo, Luís!
Já tinha saudades de o ouvir, o que faço sempre com grande satisfação.
Beijinho