Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Os castanheiros, os imensos castanheiros formam soutos, tão abundantes em Trás os Montes





Os castanheiros, os imensos castanheiros, formam soutos, abundantes em Trás os Montes, com enorme beleza paisagística, são uma importante fonte de biodiversidade. No Outono pintam a paisagem, com a diversidade de tons da sua folhagem em matizes castanhos, amarelos e vermelhos que, ao cair, formam um tapete de belo efeito visual. Na humidade das folhas caídas nascem cogumelos e os seus troncos e raízes constituem abrigo para várias espécies da nossa fauna. 

Ao mesmo tempo presenteia-nos com um dos melhores frutos, tornando a castanha o símbolo do outono. “O fruto dos frutos, o único que ao mesmo tempo alimenta e simboliza, cai dumas árvores altas, imensas, centenárias, que, puras como vestais parecem encarnar a virgindade da própria paisagem. Só em Novembro os agita uma inquietação funda, dolorosa, que os faz lançar ao chão lágrimas que são ouriços” (Miguel Torga).

















































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